Liberdade de criança


É como comer sopa
Sem se preocupar
Se mamãe vai brigar
Se melou a mesa
Ou se sujou
O canto da boca.

É pegar qualquer vestido,
Calça e blusa
E trajar-se de quadrilha
Rodopiar pela sala as fantasias
Cair sorrindo pelo chão
Em qualquer dia de alegria.

É esperar a lua cheia
Mesmo quando vai nascer minguante
É poder dormir e sonhar
Que o amanhã não está distante
É pensar que entre o tudo e o nada
Tem algo que é bastante.

É ouvir e ser ouvido
Cantar numa mesma harmonia
E a canção do novo mundo
Escrever em parceria
E ser, estar, viver, dividir
Sem nenhuma regalia
É olhar para o passado
E não ter trauma com o presente
E do futuro esperar
O resultado das sementes.

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