A Cruviana chegou
Veio junto com a chuva
Ela é deusa dos ventos
Ela é lenda, ventania
Não escolhe hora
Seja noite ou seja dia
Quando ela aparece
O caboclo arrepia.
Ela vem sorrateira,
Balançando o caibezeiro
Cheia de friagem,
Vem por todo o terreiro
Com seu cheiro de floresta
Seu vento gelado, assobia
O caboclo sente
O medo, o assombro, agonia.
Não tem quem resista
A seu feitiço matreiro
Corre menino para casa!
Diz a mãe em desespero
Nem olha para o que acontece
Quem lhe vê, logo desanda
Com os olhos perdidos, preguiça
Na rede definha, sua cobiça.
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