O novo normal não tem nada de novo
Nem tão pouco de normal
O novo é presente e futuro replanejado, incerto
E o normal é altamente perturbador, hipotético.
Não consigo ficar impassível diante desta realidade
Assistindo a vida, sendo repetida de forma compacta, pela televisão
Ser indiferente com os sentimentos das pessoas em reconstrução
De valores éticos e morais sendo aplicados na efervescência da frieza humana.
E o aperto de mão que costumávamos dar nos conhecidos?
E os abraços cumprimentado os amigos?
E os dois beijinhos que naturalmente dávamos nos mais queridos?
E os sorrisos, todos encobertos, desarticulados e perdidos.
Ainda acho muito estranho esse novo normal
Devemos aderir de vez ao uso de máscaras?
Continuar lavando excessivamente as mãos por todos os cantos e dentro de casa?
E álcool em gel, virou mesmo artigo de primeira necessidade?
E o preço alto, acima de tudo e de todos, pelos quatro cantos da cidade.
O que se esperar desse “novo normal”?
Quem sabe não regularizamos o toque do punho e do cotovelo mesmo!
Quem sabe fechar e abrir portas com os pés ou com o calor ou frio do corpo!
Vamos ter que ser bem mais ativos, criativos, mais humanos, mais divinos.
O amor vencerá o medo e o tempo
O afeto vencerá o novo normal
O espírito da vida vivificará o nosso corpo mortal.
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