É feira no caldeirão da Toca Bruxa!


Domingo chegou, 17 horas 

É dia de feirinha na Toca da Bruxa

Gente chegando, gente saindo

Outros comprando, outros apenas olhando

E o caldeirão  cultural fervendo, tinindo.


O principal ingrediente da feirinha da Toca é a alegria 

É a correria do querer viver

Compartilhar conhecimentos, receitas, artesanar

Interagir, transcender.


E como na feirinha da Toca tem gente!

Gente que chega pelos quatro cantos

Gente no tecido, na madeira

Gente na cuia, na peneira

No prato, no cozido, nas doses, na pimenteira.


Línguas e culturas se cruzam, se misturam

Brasileiros, venezuelanos, cubanos,  haitianos 

Brancos, índios, pretos, pardos, coloridos

Todos estão no caldeirão fumaçando, conversando, convergidos 

Exalando cheiros, tradições, incensos, temperos.


No palco sempre um artista cantando,

Tocando um instrumento, declamando

Evaporando arte pelas gambiarras

Pelos plugs, pelos alto-falantes 

Pelos poros, pela boca

Pelos versos dos poetas delirantes.


Toma feirinha da Toca da Bruxa!

Solta o verso,

Solta o canto,

Solta o preço, 

O endereço,

O produto artesanal, comercial

Solta o feitiço cultural

Exala o encanto do teu caldeirão. 


Vem pra feirinha da Toca da Bruxa. É  domingo, meu irmão!

Mas a feira não é o final da festa, é o começo!

Durante a semana a Toca da Bruxa entra em estado de arte coletiva, de poesia, de alegria.


Aqui na Toca da Bruxa

Artes de todas as faces

De todas as expressões 

Em todas as manifestações se revelam...


Ernandes Dantas

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